14 de outubro de 2015
Quando é necessário cirurgia, poucos são os casos em que se retira a parte comprometida do pulmão.
O tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. O que determina a escolha do método é o estágio (estadiamento) em que o tumor se encontra: é preciso saber se ele se limita apenas ao pulmão, se já alcançou os linfonodos (gânglios linfáticos), as estruturas adjacentes (coração, artéria aorta, coluna vertebral, pleura etc.) ou órgãos distantes (metástases).
Tratamento cirúrgico
Apesar de a cirurgia ser considerada o tratamento de maior chance de controle, poucos são os candidatos a uma ressecção completa (retirada da parte comprometida do pulmão). Esses representam apenas cerca de 10 a 20% dos casos. Em 80% das situações, a doença já avançou tanto que comprometeu áreas do corpo que não podem ser retiradas.
Cirurgia é indicada do estádio I ao III, e poderão ser indicados os seguintes procedimentos:
Ressecção “em cunha”: remoção do tumor e do tecido pulmonar ao redor dele. A avaliação pré-operatória do paciente candidato à ressecção envolve a determinação de sua reserva cardiopulmonar, bem como do risco clínico do mesmo para suportar uma cirurgia de grande porte. A maioria destes casos envolve situações de disfunção do próprio pulmão ou do coração secundários ao cigarro (enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, etc.). Raramente outras condições clínicas contra-indicam a ressecção cirúrgica. Os resultados dos testes de função pulmonar, bem como das trocas gasosas alveolo-arteriais, devem ser feitas não somente para o determinar a condição do paciente, mas também o tamanho da ressecção pulmonar que se espera realizar. Os programas de fisioterapia e reabilitação cardiopulmonar têm mostrado impacto no índice de complicações pós-operatórias, quando bem indicados. Na verdade, protocolos já foram agregados à rotina de alguns serviços, incluindo três a quatro semanas de fisioterapia pré-operatória para alguns pacientes;
Segmentectomia: remoção do tumor e das estruturas anatômicas próximas (vasos e brônquios);
Lobectomia: remoção do lobo pulmonar que contem o tumor. Essa é a cirurgia padrão para a maioria dos casos;
Pneumonectomia: retirada de todo um pulmão, indicada nos casos de doença avançada.
Quimioterapia
É a administração de medicações capazes de destruir ou bloquear o crescimento anormal das células cancerosas. A químio pode ser feita por via oral ou endovenosa (pela veia).
Radioterapia
Indicada para tratamento de tumores de pulmão localmente avançados e que não podem mais ser removidos pela cirurgia. A rádio é a aplicação de irradiação sobre o tumor com o objetivo de destruí-lo.