Cirurgia de câncer de pulmão: quando esse é o melhor tratamento?

Intor Cirurgia Torácica • Feb 28, 2022

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que até o final de 2022 pelo menos 30 mil novos casos de câncer de pulmão sejam diagnosticados. Nesse contexto, torna-se fundamental falarmos sobre tratamentos e quando a cirurgia para o caso passa a ser a melhor opção. 


O câncer é um inimigo silencioso. Muitas vezes os sintomas demoram a aparecer, o que faz com que a doença seja descoberta em estágios mais avançados. 


A cirurgia de câncer de pulmão é um dos tratamentos possíveis para a doença. Geralmente tem um caráter curativo, quando o diagnóstico é feito em estágios iniciais. 


Mas, nem sempre a cirurgia é indicada para pacientes com câncer de pulmão. O estágio do câncer, o avanço dos sintomas e a condição clínica do paciente são fatores que influenciam na realização do procedimento cirúrgico. 


Além disso, quando o médico opta pela cirurgia, cabe a ele decidir qual a mais adequada. Pode-se optar desde as mais invasivas até os procedimentos menos invasivos e com recuperação mais rápida para o paciente.


Quando a cirurgia de câncer de pulmão é indicada? 

O câncer de pulmão é uma doença que acontece em estágios. Cada estágio possui suas particularidades e afeta o corpo de maneiras diferentes. Por isso, a cirurgia depende, principalmente, do diagnóstico inicial do paciente. 


Existem pelo menos dois tipos da doença


  • Câncer de pulmão de células pequenas;
  • Câncer de pulmão de células não pequenas. 


Cada um desses tipos se manifesta de maneira particular, com características específicas que vão determinar qual o tratamento mais adequado para o paciente.


Geralmente, o câncer de pulmão de células pequenas envolve tratamentos de quimioterapia e radioterapia, sem a necessidade da intervenção cirúrgica. 


Já o câncer de pulmão de células não pequenas, dependendo do estágio em que estiver, pode ter a cirurgia como principal opção. 


Câncer de Pulmão de células não pequenas


Estágio 01

Nessa fase a cirurgia é considerada o principal tratamento


Essa é a primeira etapa da doença, quando o câncer ainda está pequeno e concentrado no pulmão. Aqueles que estão nesse grupo e não podem se submeter a cirurgias por condições médicas são geralmente tratados com radioterapia. 


Estágio 02

Aqui, o câncer já se espalhou para as regiões próximas ao pulmão. Nesse período, o tratamento recomendado é a radioterapia combinada com outros procedimentos, como a cirurgia.


Estágio 03

Nessa fase as células cancerígenas estão mais espalhadas pela região próximas ao parênquima pulmonar. 


Neste caso, mais de um lobo ou mais de uma estrutura do mediastino/pulmão pode estar afetado pela doença. O tratamento neste estágio envolve cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. 


Estágio 4

A partir do quarto estágio, a cirurgia já não é mais indicada, uma vez que o câncer provavelmente já se espalhou para partes distantes do corpo.


Como podemos perceber, o procedimento cirúrgico só será efetivo quando há uma chance do médico remover o tumor no local de origem. Depois que há migração para outros órgãos, esse procedimento perde sua eficácia.

Portanto, nos estágios mais avançados de câncer de pulmão o melhor tratamento é a radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia. 


Tipos de cirurgia de câncer de pulmão 

Existem cirurgias invasivas e as não invasivas. 


O primeiro tipo de procedimento tende a provocar um trauma maior no corpo. Já o segundo permite que o paciente tenha uma recuperação mais rápida e com menos complicações. 


Além disso, a escolha do procedimento que será realizado durante a cirurgia também depende de alguns elementos importantes como o tipo de câncer e as peculiaridades de cada um. 


A seguir, veja alguns tipos de cirurgia de câncer de pulmão. 


Pneumonectomia ou pneumectomia

Consiste na retirada total do pulmão adoecido. Esse é um procedimento bastante radical, uma vez que diminui a capacidade respiratória do paciente em 50%. Por isso, muitos médicos optam por ele apenas em situações extremas, para evitar maiores complicações respiratórias. 


Lobectomia

É a remoção total do lobo do pulmão que contém o tumor. Com esse procedimento, o médico consegue obter uma margem de segurança, minimizando a recorrência do tumor no local de origem. 


Segmentectomia ou ressecção em cunha

Nesse caso, somente uma parte do lobo é retirado. Geralmente, esse procedimento é realizado quando o paciente não tem função pulmonar suficiente para aguentar a retirada de todo lobo. 


Cirurgia torácica videoassistida ou Toracoscopia

Esse é um procedimento cirúrgico não invasivo. Com incisões menores, o paciente acaba se recuperando mais rápido da cirurgia. Ele é indicado para casos em que o câncer está na sua fase inicial, com tumores localizados na parte externa do pulmão. 


Cirurgia torácica assistida por robótica

Considerado também um procedimento não invasivo, ele utiliza um sistema robótico para realizar a cirurgia. Nessa abordagem, braços robóticos controlados pelo cirurgião fazem pequenas incisões na região do tórax. 



Conclusão

Como vimos, a cirurgia de câncer de pulmão é uma das formas de tratamento da doença. Ela é indicada apenas em casos específicos, principalmente quando o câncer ainda está no estágio inicial. 


De maneira geral, a cirurgia tem caráter curativo e funciona para a retirada do tumor no seu lugar de origem. Por isso, quando as células cancerígenas começam a se espalhar por outros órgãos do corpo, essa já não é mais uma opção viável. 


Além disso, o procedimento cirúrgico não é a única opção. Mesmo nos estágios iniciais do câncer de pulmão, é possível realizar o tratamento com radioterapia ou quimioterapia. 


O tratamento mais adequado depende da avaliação médica e das condições clínicas do paciente. Às vezes, há outros caminhos mais eficazes antes de se optar pela cirurgia de câncer de pulmão. 


Sendo assim, o diagnóstico correto e precoce acaba sendo fundamental para essa decisão. 


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